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Usamos um servidor 100% livre, feito no Media Goblin, para postar documentários e filmes, músicas e imagens. Já temos dois alguns documentários online, entre eles o Concerning Violence, baseado no livro Os Condenados da terra, de Frantz Fanon.
Aproveite e crie o seu servidor, divulgue alternativas livres de mídia na internet.
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Relação dos artigos escritos por Frantz Fanon no El Moudjahid
Até agora poucos pesquisadores se deteram nos artigos de Frantz Fanon publicados no jornal El Moudjahid, que ele produziu dentro de uma concepção de autoria coletiva, portanto não os assinou. Depois de anos buscando os três tomos do El Moudjahid, impressos na Iugoslávia, consegui comprá-los na internet, o que possibilitou acesso direto. Uma das publicações mais importantes, que surgiu em 2015 e só foi analisada por mim em 2016, foi a obra Écrits sur l’aliénation et la liberté que traz textos ainda não publicados de Fanon, sobre teatro, sobre a questão da psiquiatria, artigos que Fanon publicou no El Moudjahid e que não estavam na compilação do livro Em Defesa Revolução Africana, além de uma lista com os livros que Fanon possuia em sua biblioteca, inclusive com algumas anotações do próprio Fanon.
ESTA TABELA FOI ORGANIZADA POR WALTER GÜNTHER RODRIGUES LIPPOLD (sob licença CC-BY-SA 4.0 em 2016) E FAZ PARTE DE SUA TESE DE DOUTORADO (EM DESENVOLVIMENTO DESDE 2014) INTITULADA: “FRANTZ FANON E A CENA INTELECTUAL ARGELINA: circulação de ideias revolucionárias e sujeito coletivo no jornal El Moudjahid (1956–1962)”
Na tabela abaixo organizamos os 41 artigos escritos por Frantz Fanon no jornal El Moudjahid, sendo que 20 deles não foram traduzidos para o português:
Nome do artigo |
Número |
Data |
Obra em que foi publicado |
Obs. |
La Légion étrangère démoralisée |
n.6 |
5/10/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
L’Independance de L’Algerie – realite de tous les jours |
n.6 |
5/10/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
Déceptions et illusions du colonialisme (Decepções e ilusões do colonialismo francês) |
n.10 |
09/1957 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo de capa com foto (ausente na publicação iugoslava) Sem dia, só mês e ano. |
L’indépendance nationale, seule issue possible |
n.10 |
09/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
L’Algerie Face aux Tortionnaires Français ( A Argélia perante os torcionários franceses) |
n.10 |
09/1957 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
|
L’Algérie et la crise française |
n. 11 |
1/11/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
Le conflit algérien et l’anticolonialisme africain |
n.11 |
1/11/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
Une révolution démocratique |
n.12 |
15/11/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo de capa. Editorial. |
Encore une fois – pourquoi le prealable |
n.12 |
15/11/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo de capa com foto. |
A propos d’un plaidoyer ( A propósito de uma defesa) |
n.12 |
15/11/1957 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto descrita mas ausente. |
Les intellectuels et les democrates français devant la Revolution Algerienne (Os intelectuais e os democratas franceses perante a Revolução Argelina). |
n.13 |
1/12/1957 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Parte 1/3. Artigo em três partes, de suma importância pois enfureceu a esquerda francesa e foi publicado sem autoria em França. Artigo com foto ausente, descrição da foto em rodapé. |
La conscience révolutionnaire algérinne |
n.14 |
15/12/1957 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo de capa. |
Les intellectuels et les democrates français devant la Revolution Algerienne (Os intelectuais e os democratas franceses perante a Revolução Argelina). |
n.14 |
15/12/1957 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Parte 2/3. Artigo com foto ausente, descrição da foto em rodapé. |
Les intellectuels et les democrates français devant la Revolution Algerienne (Os intelectuais e os democratas franceses perante a Revolução Argelina). |
n.15 |
1/01/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Parte 3/3. Artigo com foto ausente, descrição da foto em rodapé. |
Aux Antilles, naissance d’une nation? (Nas antilhas, nascimento de uma nação?) |
n.16 |
15/01/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé. |
Le sang maghrebin ne coulera pas en vain (O sangue do Maghreb não correrá em vão) |
n.18 |
15/02/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo de capa, com foto. |
Strategie d’une armee aux abois |
n.19 |
28/02/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
Les rescapés du no man’s land |
n.20 |
15/03/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
La farce qui change de camp (A farsa que muda de campo) |
n. 21 |
1/04/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
|
Le testament d’un “Homme de gauche” |
n.21 |
1/04/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
Decolonisation et Independance (Descolonização e Indepêndencia) |
n.22 |
16/04/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé. |
Une crise continuee |
n.23 |
5/05/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé. |
Logique de L’ultra-colonialisme |
n.24 |
29/05/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé. |
Lettre a la jeunesse africaine (Carta à juventude africana) |
n.24 |
29/05/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé. |
Le monde occidental et l’expérience fascite en France |
n.25 |
13/06/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
Verites premieres a propos du probleme colonial (Verdades primeiras a propósito do problema colonial) |
n.27 |
22/07/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
Les Illusions gaullistes |
n.28 |
22/08/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
La Leçon de Cotonou |
n.28 |
22/08/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
Appel aux africains (Apelo aos africanos) |
n.29 |
17/09/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
Les Lendemains d’un pebiscite (Consequências de um plebiscito em África) |
n.30 |
10/10/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
|
Le calvaire d’un peuple |
n.31 |
1/11/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
La Guerre D’Algerie et las liberation des hommes |
n.31 |
1/11/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
L’essor du mouvement anti-impérialiste et les attardés de la pacification |
n.34 |
24/12/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
L’Algerie a Accra ( A Argélia em Accra) |
n.34 |
24/12/1958 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
|
Accra: L’Afrique affirme son unite et definit sa strategie |
n.34 |
24/12/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
Le combat solidaire des pays africains |
n.34 |
24/12/1958 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Artigo extraido da intervenção de Fanon na Conférence pour la paix et la sécurite en Afrique, está assinado como Dr. Fanon. |
Les tentatives desesperees de M. Debre ( As tentativas desesperadas de Debré) |
n.37 |
25/02/1959 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
Artigo com foto ausente, descrita em nota de rodapé |
Fureur raciste en France |
n.42 |
25/05/1959 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
|
Écoute homme blanc !, de Richard Wright |
n.47 |
03/10/1959 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
O sangue corre nas Antilhas sob dominação francesa |
n.58 |
05/01/1960 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
|
Unidade e solidariedade efectiva são as condições da libertação africana |
n.58 |
05/01/1960 |
Em Defesa da Revolução Africana (traduzido) |
|
À Conackry, il déclare: “La paix mondiale passe par l’indépendance nationale” |
n.63 |
25/04/1960 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
|
L’Afrique accuse L’Occident |
n.78 |
23/02/1961 |
Écrits sur l’aliénation et la liberté |
Cultura, luta anticolonial e descolonização da tecnologia
Compartilho com muita alegria, minha última publicação, onde abordo questões analisadas por Frantz Fanon sobre cultura e luta anticolonial: a questão do uso do véu islâmico, a descolonização da tecnologia, medicina e colonialismo, são alguns dos temas desenvolvidos. Hospedei o arquivo na Biblioteca Livre Frantz Fanon, criada pelo Coletivo Fanon em um servidor livre proporcionado pelo Hacker Club Cascavel.
BAIXE O TEXTO
http://hackerclubcascavel.org/nuvem/index.php/s/aGpLWZ5fSVrGZu5
O que é necropolítica? Resumo do meu último artigo.
NECROPOLÍTICA E VIOLÊNCIA COLONIAL: DIÁLOGOS DE ACHILLE MBEMBE COM FRANTZ FANON
Walter Lippold1
RESUMO
Neste artigo eu argumento sobre a decisiva influência do pensamento fanoniano na noção de necropolítica de Mbembe, que parte desta base para traduzir as lógicas da violência nas sociedades pós-coloniais africanas. Busco analisar as relações entre a noção de necropolítica e suas origens na violência colonial, aprofundadas por Frantz Fanon. Neste sentido definirei o conceito de necropolítica, suas origens históricas e teóricas, seus desdobramentos teóricos. Na produção de conceitos que visam traduzir o fenômeno da violência na África do Século XX e XXI, Achille Mbembe e Frantz Fanon possuem uma contribuição fundamental. O diálogo de Mbembe com Fanon enriquece a compreensão dos condicionantes que o potentado colonial produziu e que foram rearticulados na pós-colônia. Produto deste diálogo, o conceito de necropolítica emerge como subversão da noção de biopolítica foucaultiana, perpassada pelas análises sobre violência de Fanon, entre outras contribuições teóricas. A necropolítica se manifesta como submissão da vida ao poder da morte, onde máquinas de guerra dominam populações em espaços de extração de riquezas como minerais e petróleo. A influência do conceito cunhado por Mbembe é reforçada pelos desdobramentos teóricos efetivados por Banerjee e Sayak Valencia, com seus conceitos de necrocapitalismo e capitalismo gore. A guerra no século XXI muda radicalmente de caráter devido à revolução militar e tecnológica que convive com mundos de penúria em um cenário low life high-tech: guerras nômades que necessitam de análises contemporâneas para sua efetiva compreensão. As origens da necropolítica nos espaços da plantation escravista e na colônia são demonstrações de que a raça é um dos elementos fundamentais que perpassa a modernidade desde o seu início. A violência colonial para Frantz Fanon era a realização de um sufocamento total da sociedade colonizada, econômico, político e cultural. Todos os poros da sociedade exalavam as relações violentas e os elos da violência do colonizador e a contraviolência do colonizado são pólos antitéticos que se excluem reciprocamente, sem a criação de uma unidade superior, uma síntese.
Palavras-chave: necropolítica; violência; Frantz Fanon; Achille Mbembe; África
1Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGHist-UFRGS), orientado pelo Prof. Dr. José Rivair Macedo. Artigo entregue como requisito de avaliação para a disciplina de Seminário de Cultura e Representações Estudo Monográfico 1: O pensamento Social Africano no século XX. Questões, debates e tendências de abordagem, ministrada em 2016/2.
Redes Sociais Alternativas
Nos últimos anos tenho tentando me livrar, dentro de um processo de “redução de danos”, do uso de softwares e redes proprietárias. Não uso mais facebook e nem twitter. Por mais que eu colocava conteúdos contra-hegemônicos nestas redes, eu sentia que algo dava errado: os conteúdos críticos eram absorvidos automaticamente na forma reacionária do facebook. Forma e conteúdo, “o meio é a mensagem” disse MCLuhan. Assim não importa se você poste conteúdos revolucionários ou reacionários no facebook, pois o meio, a forma como funciona esta rede proprietária irá torná-los “papinha” através de seus algoritmos e sua gana de capturar big data , acessar seu inconsciente digital (eles sabem mais de você que você mesmo) fazendo engenharia social com as pessoas. “No que você está pensando?” Antigamente torturadores injetavam pentothal, soro da verdade para liberar seus pensamentos, seu anseios e desejos, agora nós fazemos isto de forma voluntária, vivemos em uma Real Distopia com pitadas de Bradbury, Orwell e Huxley.
Neste sentido tenho testado várias redes sociais descentralizadas, abertas, alternativas ao facebook e twitter. Vou deixar uma lista das redes que uso, podem me adicionar lá meu nome nas redes é sempre @lippold . Experimentem e tirem suas conclusões:
Subúrbio Digital: pensamento periférico e tecnologia popular
Este é o nosso novo espaço virtual ciberneticamente conectado com nossa carne, nossas ações em prol da circulação de ideias, da descolonização do pensamento e da tecnologia, de novas formas de resistência que superem os limites das velhas, que apesar de propagar conteúdos revolucionários, são rapidamente enquadrados na forma reacionária do copyright, dos softwares e redes sociais proprietárias. Descolonizar a tecnologia é uma necessidade, combatendo todos os dias pela ciência livre, experimentando alternativas livres em termos de softwares e hardware,este é o caminho do Subúrbio Digital,